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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

O asfalto da Estrada dos Canjicas

Painel de lançamento da obra de asfaltamento da Estrada dos Canjicas
   A reportagem do GAZETA DE NOTÍCIAS foi convidada por alguns moradores da área para acompanhar a etapa final da obra de asfaltamento (re-asfaltamento) da Estrada dos Canjicas, convênio feito pelo Estado de São Paulo com a Prefeitura de Arujá para a recuperação de três estradas: dos Canjicas, Penhinha e dos Corrêas, ao custo de R$ 6.877.876,37 por 15,2 quilômetros de extensão. Inicialmente foi noticiado que seriam investidos R$ 3.271.224,91 nos Canjicas porém a placa que foi colocada indica o custo de R$ 2.935.884,85 por uma extensão de 6.900 metros. Os moradores questionaram que ao preço de cerca de R$ 425.000,00 por quilômetro deveria ter uma qualidade muito melhor com um melhor acabamento. Algumas empreiteiras consultadas informaram que o preço do quilômetro de asfalto fica entre R$ 100.000,00 a R$ 150.000,00 com canaletas nas laterais para travar o asfalto, evitando as rachaduras que geralmente ocorrem na pista. Mas como não sabemos o que foi contratado, nada podemos cobrar.

Trecho da estrada com canaletas
   A principal preocupação dos moradores e das pessoas que utilizam estas estradas é quanto tempo durará o novo asfalto. Sim, porque o asfalto anterior, conforme fotos tiradas no local, não passa de uma camada de cerca de 5 cm colocada sobre a terra compactada. A própria chuva se encarregou de abrir buracos por toda a extensão da estrada.

Trecho da estrada sem canaletas
   Um morador comentou com nossa reportagem que o trecho inicial da estrada dos Canjicas está com guias e canaletas, coisa de primeiro mundo, embora com um acabamento a desejar. Em alguns trechos tem só o asfalto. Ele questiona porque essa diferenciação de material utilizado. “O certo não seria fazer uma coisa bonita, durável e bem sinalizada? Afinal esta obra é cara”, perguntou.

Este é o asfalto anterior
  Os trabalhadores e o encarregado disseram que as canaletas só são colocadas nos trechos onde o fluxo da água da chuva é muito intenso e que a pista foi rebaixada em cerca de 50 cm para a substituição do solo “mole” e depois colocada uma camada de pedras para receber o asfalto. Os moradores ficaram um tanto desconfiados pois depois do asfalto colocado, como já está, fica difícil saber o que está debaixo. O receio é que venha a durar o mesmo tempo do anterior.

A camada de asfalto sobre a terra não passa de 5 cm
   Como em toda obra pública procuramos ter acesso ao contrato, porém um morador que tem um filho que trabalha num órgão público relacionado a obras em estradas, disse que é melhor desistir, pois o acesso é dificultado. Ele acredita que até a Prefeitura de Arujá não sabe o que é para ser feito nas três estradas, por isso mesmo não sabe o que fiscalizar. Aliás os moradores dizem que a Prefeitura nunca apareceu por lá. “Acredito que se a obra é feita no município, a Prefeitura tem a obrigação de ver se está sendo bem feita, porque quando aparecerem os buracos ninguém vai responsabilizar o Governador, nem a empresa responsável, e sim o Prefeito”, argumentou um morador.
           
   Na realidade não se sabe o que está previsto em contrato, por isso mesmo a reportagem contactou o Departamento de Comunicação da Prefeitura de Arujá que até o fechamento desta edição não nos enviou as informações requisitadas. Acreditamos que estas informações estariam no contrato, que ainda não foi localizado.

   Embora os moradores digam que a Prefeitura de Arujá é quem assegura algum benefício para o local, são unânimes em dizer que por estar na divisa com Santa Isabel, o local não tem a fiscalização que deveria ter. Acaba ficando terra sem dono. “Já há desmatamento em algumas terras e a Secretaria de Meio Ambiente, que já foi avisada, demora a vir”, denuncia outro morador.



O asfalto vai chegar até a Estrada do São Domingos?


Detalhes da Avenida 1

   Os moradores da comunidade São Domingos estiveram reunidos no dia 29 de Agosto no sítio do João do Gás juntamente com o prefeito Abel Larini e o secretário de obras Ciro Dói para discutirem o asfaltamento da Avenida 1. O líder comunitário José Augusto, que tem acompanhado atentamente os trabalhos na região reconhece que por ser uma área na divisa dos municípios de Santa Isabel e Arujá, fica difícil trazer os benefícios com rapidez. O prefeito se mostrou preocupado com a situação e propôs uma reunião com o prefeito de Santa Isabel, Hélio Buscarioli, para serem discutidas novas propostas pois não poderia fazer nada sozinho.
           
   No dia 31 de Agosto foi feita outra reunião em Santa Isabel, onde o prefeito Hélio disse que não haveria nenhum impedimento em organizar uma parceria para o asfaltamento. Resta aguardar para ver se há boa vontade.
             

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