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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Parque Rodrigo Barreto é palco de duas manifestações em um único final de semana

Foi realizado um enterro simbólico no Parque Rodrigo Barreto
          O Parque Rodrigo Barreto está em ebulição. No último final de semana duas manifestações sacudiram o bairro. Na sexta-feira, dia 5 de agosto de 2011, houve o enterro simbólico do Executivo e também do Legislativo. Carregando um caixão, os manifestantes “enterraram” o prefeito e os 10 vereadores do município de Arujá. No domingo, dia 7, lideranças comunitárias, acompanhadas de deputados estaduais, se revezaram ao microfone de um carro de som passando pelas ruas do bairro. Todos pediam a regularização do Barreto e o fim da atuação da Imobiliária Continental no bairro. As críticas também se estenderam ao Prefeito de Arujá e à Câmara Municipal.


O empresário Paraíba foi um dos mais exaltados durante a manifestação
As manifestações ocorreram às vésperas da audiência que envolveria membros do Ministério Público, da Imobiliária Continental e da Prefeitura onde seria decidido o futuro do Barreto, no que diz respeito à regularização. A referida audiência acabou não ocorrendo e em vez de uma decisão sobre a regularização do bairro, a Prefeitura anunciou que o Poder Judiciário de Arujá suspendeu por mais 120 dias as ações de despejos no Parque Rodrigo Barreto.


O povo está ansioso por definições
Na sexta-feira o ato contra a Imobiliária Continental foi organizado pelo Paraíba Car e pelo José Alberto, o Carioca. A manifestação reuniu cerca de 100 moradores que se concentraram em frente ao Ginásio de Esportes do Parque Rodrigo Barreto e saíram em caminhada até o prédio da prefeitura no centro da cidade. Os manifestantes levavam um caixão que simbolizava a morte do Executivo Municipal e do Legislativo. Em frente à prefeitura o tom das críticas aumentou. Paraíba Car e moradores do Barreto se revezavam no microfone para criticar a atuação da Imobiliária Continental com relação aos despejos e reintegrações de posse.


Veículo utilizado pelo empresário Paraíba na manifestação
A Prefeitura também foi alvo de críticas por parte dos manifestantes por ser conivente com a atuação da Continental. Paraíba Car disse, entre outros fatos, que o povo paga um alto preço pelos erros do passado e que a Justiça ao longo dos anos permitiu que as coisas corressem de forma frouxa. Ele disse ainda que o lugar onde hoje está instalado o bairro era para ser composto de chácaras e sítios, ou seja, lotes com no mínimo dois mil metros quadrados. Disse ainda, que ao arrepio da lei a Continental acabou fazendo um bairro numa área de preservação ambiental e a justiça permitiu que o lugar fosse ocupado e hoje todos sofrem com ameaças de despejos.


João Machado e o Secretário de Meio Ambiente Leo Godoy

No domingo, dia sete de agosto, lideranças comunitárias e deputados estaduais estiveram nas ruas do Parque Rodrigo Barreto para protestar contra a situação fundiária em que se encontra o maior bairro do município de Arujá. Através de um caminhão de som, os deputados estaduais José Cândido (PT), José Zico Prado (PT) e Geraldo Cruz (Geraldinho do PT), juntamente com Joaquim de Macedo (Presidente da Associação Movimento dos Moradores do Parque Rodrigo Barreto) e outras lideranças, percorreram as ruas do Parque Rodrigo Barreto explicando a situação do bairro e criticando a Imobiliária Continental e o prefeito Abel Larini (PR).


  DEP. GERALDO CRUZ (PT EMBU), EDINALDO E. SOUZA
                 (VICE-PRES.ASSOC), Diretor da Associação, DEP. JOSÉ
               CÂNDIDO (PT SUZANO) E JOAQUIM MACEDO
            (Presidente Asssociação Moradores)
Prefeito e Imobiliária Continental são alvos de críticas
Nas manifestações de sexta e de domingo também foi lembrado que centenas de famílias estão correndo risco de despejo e que outras centenas de famílias não têm o direito universal de ter água tratada em suas casas e acesso à rede de esgoto. A estratégia da Continental em não permitir que a Sabesp faça ligação na rede de água é no sentido de se eliminar um dado que ajudaria muito numa ação de usucapião. Os manifestantes também falaram a respeito dos preços dos lotes. Lembraram que quem fez o Parque Rodrigo Barreto foram os moradores, a Continental apenas abriu o loteamento.


 
 O empresário Paraíba e Joaquim Macedo                  
A partir do momento que as famílias foram se instalando no bairro, o Poder Público municipal se viu na obrigação de trazer benefícios sociais para os moradores como determina a lei, ou seja, através dos cidadãos vieram as escolas, creches, asfalto, iluminação pública, linhas de ônibus, segurança pública, comércios. Por isso numa hipotética determinação da justiça em que os moradores seriam obrigados a pagar pelos lotes, os mesmos teriam que ser vendidos pelo valor venal e não pelo valor comercial como quer a Imobiliária Continental. Também foi falado ao microfone que se a prefeitura quisesse poderia desapropriar o Barreto, o que facilitaria a regularização do bairro, sendo que nesse caso os moradores não teriam que pagar nada à Imobiliária Continental. Alguns manifestantes que tiveram acesso ao microfone também alertaram a população quanto ao risco de se assinar um contrato conhecido popularmente de Comodato. “Com certeza essas pessoas correm o risco iminente de perderem suas casas a partir do momento que assinam esses contratos”, disse um advogado, que citou o nome de algumas pessoas que formalizaram esse contrato há alguns anos atrás e que foram despejadas. “Pessoas de má fé mancomunadas com a Imobiliária Continental estão iludindo as pessoas a assinarem esse contrato”, disse o advogado. 


Vereador Gabriel no meio dos manifestantes
Também foi falado de que a Continental por ordem judicial está proibida de fazer qualquer tipo de contrato com os moradores, de alugar lotes, de cobrar aluguéis de lotes, ou vender lotes, enfim, a empresa de seu Valter Luongo está proibida de fazer qualquer transação financeira no bairro, inclusive a matrícula do bairro está suspensa pela justiça. Outra crítica dos oradores foi no que diz respeito à compra pela Prefeitura de uma enorme área no município de Santa Isabel para a compensação ambiental do Parque Rodrigo Barreto. A opinião é de que a Continental é que deveria comprar a área verde para a compensação ambiental, tendo em vista que foi ela quem degradou o meio ambiente. Na verdade, o povo é que vai pagar pelos quase 10 milhões de reais pelo valor da área, afinal de contas, o terreno foi comprado com dinheiro público arrecadado de todos os munícipes através de impostos. Em frente à prefeitura, algumas donas de casa falaram ao microfone que funcionários da Continental informaram que elas teriam que comparecer à sede da empresa em Guarulhos com todos os documentos pessoais e os documentos do lote. Lá eram informadas que teriam que pagar uma dívida (elevadíssima de aluguel) para poder depois ter o direito de compra do lote. Valor do lote: 60 mil reais. Felizmente com essas moradoras a Continental não logrou êxito.

Prazo é prorrogado para mais 120 dias


Paraíba conversa com Vereador Gabriel
Em vez da audiência com membros da Prefeitura e da Imobiliária marcada para o dia oito de agosto, a Justiça de Arujá decidiu prorrogar para mais 120 dias o prazo para que não ocorra no Parque Rodrigo Barreto nenhum despejo ou ação de reintegração de posse. Segundo a prefeitura, os quatro meses de trégua por parte da Continental determinada pela Justiça darão fôlego também para que a CETESB conclua seu trabalho e forneça a licença ambiental do bairro.  

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Pronto Falei Poá

Pedro Campos é a cara de Poá



   Pedro Campos, continua num trabalho firme nos bastidores para consolidar sua candidatura à prefeitura de Poá no ano que vem. Além de contatar ícones do PMDB, seu partido, em nível nacional, estadual e regional, tem se reunido com tradiconais famílias poaenses. Também está confirmando o apoio de lideranças de diversos setores da cidade.
   
   Pedro, morador de Poá há mais de 50 anos, foi vereador, presidente da Associação Comercial, Secretário Municipal e exerceu diversas funções públicas, tem uma proposta moderna para administrar Poá: transformá-la em Cidade Sustentável, ecológica, social e economicamente correta. Poá é muito rica e reúne todas as condições para isto, e o primeiro passo será parar de "desperdiçar" dinheiro, friza ele.


Outros também querem

   O Testinha e o Eduardão são candidatos oficiais à prefeitura de Poá, mas além de Pedro Campos, há também os vereadores Fernando Molina Júnior, Azuir Marcolino e possivelmente a veradora Jerusa Reis. O pavor dos candidatos, fora Pedro e Jerusa, é a Lei da Ficha Limpa, já que todos, incluindo o ex e o atual prefeito, estão às voltas com a Justiça e podem ser impedidos de participar das eleições.

Uma boa razão   

   Poá tem um grande atrativo para que a batalha eleitoral seja acirrada: O polpudo orçamento municipal. Este ano é de 322 milhões, o ano que vem deverá ser 400 milhões e outros irá subindo. A cidade tem a sede nacional de diversas empresas do Grupo Itaú, que recolhe invejável ISS aos cofres da prefeitura. Com apenas 17km2, pouco precisa ser feito em termos de infraestrutura. "Sobra muito dinheiro para outras coisas".

O povo tem se contentado com pouco  

  O povo acha Poá bonitinha, já que a compara com outras cidades mais pobres, ao invés de compará-la com  cidades com arrecadação parecida. Com a Câmara e a imprensa local sob controle, nada se sabe da forma com que é gasta a fortuna poaense. A campanha eleitoral servirá para abrir os olhos dos eleitores, que vão exigir satisfações sobre o destino do dinheiro público.